Fumar; uma beleza há umas décadas atrás.
Sofisticação e
independência eram sinónimas de fumar! ;
A cena clássica da mulher fatal que segura um cigarro ou
do homem viril com cigarro no canto da boca ainda faz parte do nosso imaginário
e foi nessa altura que eu comecei: libertação; independência, sei lá……
Sim, eu fumava e o meu dia começava com um cigarro.
As noites de verão tinham um gosto especial quando ficava
na varanda a olhar as estrelas de cigarro na mão e agradava-me o charme do fumo
que jogava fora…..como me agradava o gosto de fumar ou simplesmente o toque…
E quantos dias de ansiedade e noites de insónias, os
cigarros foram a minha única companhia,
O cigarro acabou por se tornar uma muleta sem a qual não
parecia ter força para viver.
Quantas vezes os meus filhos me interrogavam? Mãe porque fumas?
Até que nasceu a minha princesa mais velha
As crianças que convivem com pessoas que fumam são
fumadoras passivas. Pesquisas mostram que o tabagismo passivo é estimado como a
terceira causa de morte evitável no mundo, só perdendo para o tabagismo ativo e
o consumo excessivo de álcool.
Os não fumadores que respiram o fumo têm um risco maior
de desenvolver doenças relacionadas com o tabagismo. As crianças por terem uma
frequência respiratória mais elevada, são mais atingidas, sofrendo
consequências drásticas na sua saúde, incluindo doenças como bronquite, pneumonia,
asma e infeções do ouvido médio.
Então no seu 1º, aniversario, pensei que seria uma boa prenda
se deixasse de fumar. Apaguei o último cigarro e não disse nada. Não tinha medo
de uma recaída nem nada do género, pois achei que os meus cigarros eram uma
consequência minha e teria de ser eu a enfrentar o que estaria para vir.
Os dias foram passando, as provas sucederam-se, as
noitadas com amigos, os colegas de trabalho….mas mantive-me firme até
hoje…pelas minhas princesas!!!!!!
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