Contradições

Eu não sou assim tão simples. Eu sou uma pessoa só meio terminada e algo complicada mas sem rótulos. Em mim não existe nem começo nem fim. Eu só existo, porque sim!

Vivo uma vida que me parece eterna, sem fim. Uma vida que às vezes me faz escrever, ser e mudar a cada dia que passa. Se eu começasse a escrever a minha vida num livro, começaria assim:

 ... Eu sou reticências…..eu sou  um ponto de interrogação, sou uma virgula e um ponto final.

Sou o equilíbrio e o desequilíbrio, sou metade de mim, metade que vive a pensar uma coisa e outra metade que prefere não pensar.

Sou emoção e desejo; lágrimas e risos. Sou a contradição do dito e não dito, do feito e do por fazer; sou a tristeza e a alegria. Sou o silêncio. As palavras são o meu antídoto, a minha anti-monotonia e o meu desamor ..o que não existe,  o que perdi….e o que não encontrei...

Sou a solidão e o estar só…. Por isso estou sempre em eterna mudança e recuperação.

Mas a vida? A vida, eu não sei. A vida, eu aceito. Aceito viver sem entender. Assim como aceito minha falta de jeito, a minha eterna saudade e essa vontade de ser tantas e tanto e ter apenas um coração para sentir e sonhar, voar e  recordar…..

Agora  só quero apagar as luzes. ….e  enfim… partir para um mundo irreal.....e viajar   e acordar, para um outro sonho e novas histórias e  um novo manhã….