Ouvi hoje, no café à hora da bica: "no outro tempo amava-se mais...antigamente havia mais amor" (tem vantagens viver numa cidade pequenina, ouve-se tudo em todo o lado)
Que quer isto dizer?
E que tempo era esse?
Mede-se o amor pela maior ou menor ocorrência de divórcios?- rematava eu.
Duvido, continuava.
Aliás tenho uma opinião sobre a matéria.
Os casais que ficam juntos uma vida inteira não é sinónimo de que se amem. Nem no outro tempo.
Devido a condiçoes sociais, morais e ainda económicas as pessoas vêem-se na situação critica de não sairem de um casamento falhado e agonizante.
Permanecem estoicos, ainda que sofredores!
A morte não avisa quando chega mas tem sempre uma razão e pode explicar-se: acidente, cancro ,sida, suicidio etc.
Também não há aviso prévio para o desamor e a queda da paixão. Todavia furtam-se explicações. Querem ficar no limbo. Querem ser injustificáveis. Sem causas. Sem origens.
Não se lhes passa certidão de óbito!
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